[:pt]Acreditação do Sistema de Qualidade do IST[:]
[:pt]A Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) decidiu certificar o Sistema Interno de Qualidade do Instituto Superior Técnico (SIQuIST), por um período de seis anos e sem qualquer condição, de acordo com o parecer e recomendação da Comissão de Avaliação Externa.
O IST torna-se assim uma das primeiras Instituições nacionais a receber tal acreditação, depois de ter integrado, juntamente com quatro outras Escolas, um ‘projeto-piloto’ no início do ano de 2012. Para o Professor Rogério Colaço, trata-se do “reconhecimento” da qualidade de uma área “em que o Técnico foi pioneiro, a de garantir a qualidade dos seus sistemas de ensino”.
Antes de mais: o que é a A3ES e qual é o seu papel?
Em 2009, o Governo criou a Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES), que tem uma competência única e exclusiva no nosso país: acreditar todos os cursos de ensino superior nacionais, que para funcionarem e poderem conferir aquilo que é suposto – um grau aos alunos – têm que cumprir determinadas metas e referenciais de qualidade.
E a Acreditação dos Sistemas Internos de Garantia da Qualidade das Instituições de Ensino Superior?
A A3ES teve a ideia, há cerca de dois anos, ano e meio, de fazer um tipo de acreditação diferente para as grandes Instituições que têm muitos cursos e que, individualmente, implicam um enorme esforço de avaliação. Essa acreditação é a acreditação dos sistemas internos de garantia da qualidade das instituições de Ensino Superior. A ideia é: uma instituição que tem um sistema interno de garantia da qualidade funcional – e funcional quer dizer acreditado pela A3ES – garante que ofertas formativas com menor potencial ou com menor capacidade, não existem, não surgem ou não funcionam. Então não é preciso acreditar todas as ofertas uma a uma, a instituição é acreditada no seu todo.
Mas apesar desta acreditação ser muito recente, o sistema interno do Técnico já existia…
Sim, mas há muito poucas instituições de Ensino Superior que tenham sistemas internos de garantia da qualidade, a qualidade no Ensino é uma temática relativamente recente. O Técnico tem isso há muitos anos: desde 1992 ou 93, tem vindo a desenvolver processos de garantia da qualidade a vários níveis, como o funcionamento das unidades curriculares, a investigação, os sistemas administrativos…
Por isso mesmo, foi uma das Instituições que se candidatou a esta fase experimental. Como foi este processo, que culminou com a acreditação a 8 de janeiro?
O processo iniciou-se no ano passado, em janeiro ou fevereiro – faz agora um ano – com a apresentação de relatórios e documentos. Em setembro tivemos a visita da Comissão de Avaliação Externa da A3ES, que esteve nas nossas instalações, veio ver o funcionamento das coisas, pedir informações e reunir com os diferentes agentes do Técnico. Veio, no fundo, ver in loco os sistemas de garantia da qualidade aqui no Técnico, fazer a apreciação de todo o processo e decidiu acreditar os sistemas de garantia da qualidade do Técnico pelo período máximo de 6 anos.
E essa acreditação serve, exatamente, para quê?
A A3ES ainda não comunicou às instituições qual é a consequência concreta disto – é o problema de fazermos parte do projeto piloto. Apesar disso, e tenho que frisar que ficámos muito contentes por termos sido acreditados, trata-se do reconhecimento de uma preocupação que o Técnico tem há muitos anos, que é garantir a qualidade daquilo que faz. E aquilo que o Técnico faz é produzir, divulgar e transmitir conhecimento na área da Ciência e da Engenharia. Isto funcionou como um selo de qualidade para isso mesmo.
E em termos de agilização dos processos de acreditação dos cursos?
Ainda não temos informações concretas sobre os efeitos práticos da acreditação. Provavelmente as primeiras consequências – porque as avaliações da A3ES são feitas por quinquénios de avaliação e neste momento estamos no quinquénio 2012-2016 – virão só em 2016. Aquilo que é expectável é que um novo quinquénio de avaliações não se repita com a avaliação de todos os cursos do Técnico: deverá haver uma avaliação mais simplificada dos cursos, ou uma avaliação estatística – avaliamos dois ou três cursos -, mas ainda não sabemos exatamente qual é o plano da A3ES.
Depois da visita da Comissão de Avaliação Externa, que teve lugar nos dias 19, 20 e 21 de Setembro de 2012, a A3ES decidiu certificar o SIQuIST com um desempenho muito favorável, considerado “em desenvolvimento” (o terceiro de quatro patamares de classificação). O relatório da agência refere também que na área de Sistemas de Informação o IST obteve a classificação de “consolidado” (o quarto e melhor patamar) e assume como um dos “principais pontos fortes do sistema”, o compromisso do “Presidente do IST e da sua equipa no desenvolvimento do SIQuIST”.[:]