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[:pt]António Mexia: “Os nossos melhores quadros vêm do IST”[:]

[:pt]A SET – Semana de Empreendedorismo e Tecnologia continua a ser um sucesso. Desta vez, foi o Dr. António Mexia, presidente da EDP, a contar com ‘casa cheia’ para uma palestra intitulada ‘Visão EDP para o setor elétrico’.

Depois de uma apresentação inicial, onde falou sobre a empresa e sobre as características do setor energético – que fez questão de referir que “não é um monopólio” -, António Mexia fez algumas considerações sobre o estado da economia portuguesa e abordou, como não podia deixar de ser, a importância da engenharia.

“Portugal está constantemente no topo dos rankings no que diz respeito à investigação, mas cai sempre na relação entre as empresas e as universidades”, referiu o presidente da EDP, sem deixar de acrescentar que “o Instituto Superior Técnico é a exceção, uma boa exceção”.

Ao longo de cerca de uma hora, a sala pareceu pequena para tantos estudantes que quiseram estar presentes na palestra, onde Mexia fez questão de abordar temas polémicos: por um lado, confessou ser um adepto das propinas no Ensino Superior – “porque se trata de um investimento”; por outro, disse que concordava com o aumento do IVA no setor da eletricidade. “Acho que a subida do IVA na eletricidade é uma boa medida: obriga-nos a ser mais eficientes, e é melhor que o Estado vá ‘buscar’ dinheiro nessa área do que noutras, onde não podemos cortar”, afirmou.

Numa sessão com muitas considerações de ordem técnica, o panorama geral do país não deixou de ser assunto, com o líder daquela que é “a maior multinacional portuguesa” a considerar que, num momento em que Portugal tem níveis muito altos de desemprego, os engenheiros têm uma vantagem. “Vocês têm uma enorme vantagem: estão numa especialidade que rapidamente se torna outra coisa qualquer. Um bom engenheiro torna-se facilmente um bom economista ou gestor, basta fazer um MBA de um ou dois anos, e o contrário não é verdade.”

Durante toda a sessão, as vantagens relacionadas com o setor da energia, como a capacidade de diminuir o défice externo, a possibilidade de criar novos empregos, etc, estiveram em cima da mesa, numa tentativa clara de aliciar os muitos alunos presentes.

No final, o elogio que esteve em plano de fundo durante toda a tarde surgiu, finalmente, preto no branco: “O local onde vamos buscar os nossos quadros médios de melhor qualidade é Portugal, nomeadamente o IST”, afirmou António Mexia.

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