[:pt]70 alunos estagiam ao abrigo de programa do NEB[:]
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A segunda edição do PEN – Programa de Estágios do Núcleo de Engenharia Biológica (NEB), que decorreu durante o período de férias escolares, permitiu a cerca de 70 estudantes do curso ter uma experiência profissional em empresas e laboratórios de diversas áreas.
Para Emanuel Lopes, responsável pelo programa, trata-se de “dismistificar a ideia de que é impossível ter experiência profissional, que é pedida depois, durante o curso”. “Há muitas empresas à espera, e disponíveis, para acolher estagiários em várias áreas”, diz o estudante, que também participou num destes estágios. “Estive no ITQB e adorei a experiência, que acabou por se prolongar.”
Neste segundo ano do programa, abriram 79 vagas em diversas áreas – como saúde, farmácia, alimentação, ambiente ou bio-combustíveis – e ficaram “umas cinco” por preencher. “Estes estágios servem para ganhar experiência, para experimentar uma área e saber se gostamos ou não e também para criar uma rede de contactos”, refere Sara Mesquita, presidente do NEB. Tiago Albano, um dos participantes, resume a experiência: “Apesar de abdicarmos do descanso do verão, é sempre altamente positivo estar envolvido em atividades desta natureza”.
Os estágios são dirigidos aos alunos que vão entram no segundo ciclo de estudos (4.º e 5.º anos) e têm uma duração variável entre um e três meses. Além disso, todos podem ser remunerados – ou pela empresa, ou por um fundo criado pelo NEB, com o apoio do Departamento de Engenharia Biológica e pela ex-Universidade Técnica de Lisboa, mediante candidatura. “Conseguimos que todos os que precisam tivessem uma bolsa que paga alimentação e transporte”, afirma orgulhoso Emanuel Lopes.
Depois da primeira edição, em que participaram 18 alunos, foi importante haver um feedback, que permitiu “aprender com a experiência, perceber o que é adequado e como funcionam as empresas” e a partir daí, criou-se a hipótese de acreditação do estágio. “Neste momento, um aluno pode pedir a acreditação do estágio e conseguir a equivalência a uma ou às duas cadeiras de Portfólio, ou anexar essa informação ao certificado de habilitações”.
Para Emanuel e Sara, este programa é uma conquista: “Há coisas a melhorar, mas estamos no caminho certo”. Prova disso mesmo são os vários testemunhos que podem ser consultadas na página do Núcleo de estudantes. Por um lado, o facto dos estágios decorrerem no verão traz algumas oportunidades que não surgiriam de outra forma: Ana Rita Rosa, por exemplo, acredita que o trabalho que realizou “foi fundamental para o bom funcionamento da empresa”, a DNATech, já que várias pessoas se encontravam de férias.
Inês Godet, estagiária no Hospital Pulido Valente, na área das doenças reumáticas, pensa que a experiência “complementou em muito a formação recebida no Técnico” e considera que “ver os conceitos aplicados com objetivos concretos facilita a sua compreensão”. Considera que foi “tratada e reconhecida como uma aluna do IST interessada em aprender mais, e não como uma estagiária que faz-tudo”, o que contribuiu para o seu sucesso.
As boas experiências repetem-se em vários dos testemunhos, mas também há quem tenha tido um embate forte com a realidade. Diana Fernandes, que passou o verão no Instituto Gulbenkian da Ciência, explicou porquê no seu testemunho. “Sempre achei que o nosso curso tinha uma forte componente laboratorial, que seria suficiente para nos orientarmos num laboratório, e só fazendo este estágio é que me apercebi que estava enganada.”
Por isso mesmo, o programa reveste-se de uma importância cada vez maior, no competitivo mundo da engenharia: “Numa próxima vez já terei ferramentas para me sentir mais confiante e de certeza que pouparei umenso tempo com o que já aprendi”, explica.[:]