Valores Próprios

[:pt]João Paulo Girbal: Viver, estudar e trabalhar nos EUA[:]

[:pt]O Salão Nobre do Instituto Superior Técnico voltou a ser, esta segunda-feira, palco de uma sessão promovida pelo projeto American Corners Portugal, desta feita com a presença de João Paulo Girbal, ex-diretor da Microsoft e “empresário multifacetado”.

Com uma palestra dedicada ao tema “Viver, estudar e trabalhar nos Estados Unidos”, o antigo aluno do IST falou sobre o seu percurso pessoal e profissional, muito ligado ao estrangeiro. “A minha intenção é partilhar experiência, não tenho qualquer ambição de vos dar uma lição”, garantiu João Paulo Girbal.

Ao longo de quase uma hora, o empresário deu dicas e sugestões aos futuros empreendedores e trabalhadores presentes na audiência. Uma das que mais vincou foi a importância de saber vender um produto – “Quando fui fazer um estágio, no final do curso, tive a oportunidade de ir para vendas, e recusei. Achei que um engenheiro não tinha que ir para vendas. Errado!, notou-se logo que o tempo que passei nos EUA durante o liceu não foi suficiente”, brincou.

Depois de falar sobre o ano de intercâmbio em que esteve “numa pequena cidade de 80 mil pessoas”, no estado de Nova Iorque, e onde se “apaixonou” por um computador, João Paulo Girbal fez uma breve referência às várias empresas que fizeram parte do seu percurso profissional: NCR, Informix e Microsoft.

Porquê a Microsoft? “Eu queria trabalhar na empresa que vai mudar o mundo duas vezes”, explicou Girbal. Para isso, explica, é “necessário errar”: “Nos EUA valoriza-se muito o ‘serial entrepreneur’, que faz um projeto, outro e depois outro. É esse que, eventualmente, vai ter sucesso”. E são exatamente essas pessoas que as empresas “querem”, porque sabem reconhecer os sinais de “falhanços” mais cedo. “Se insistirmos no erro, ficamos sem energia física e financeira para desenvolvermos outro projeto”, considera.

Quando saiu da gigante multinacional, o que “não foi uma decisão difícil”, para seguir os “sonhos, desejos e ideias que se vão acumulando”, João Paulo Girbal passou a dividir-se entre as suas paixões: a Centromarca, associação que pretende garantir o direito à propriedade intelectual, a ‘marca’; o projeto Wings, com a empresa Aerolazer, cujo objetivo é promover a aviação de lazer; e, finalmente, a OIS, ‘Oeiras International School’, que pretende ser uma escola de nível internacional, de onde as crianças “pudessem sair para ir estudar e trabalhar em qualquer parte do planeta”.

Depois da palestra de Girbal, teve lugar um debate que contou com a presença dos professores José Alves Marques e Ana Teresa Freitas, e com os alumni Cristina Fonseca (Talkdesk) e David Braga Malta (Cell2B), que se juntaram ao empresário precisamente sobre o estudar e trabalhar no estrangeiro.

Perante a moderação de Fátima Caçador, jornalista, os vários convidados falaram sobre o seu percurso, que em todos os casos passou por estar “lá fora”, e foram unânimes: neste momento, o mercado é global e, por isso mesmo, os percursos internacionais são muitas vezes bem-vindos.

Segundo vários oradores, o problema de Portugal “é um certo problema de aversão ao risco”, por parte dos investidores, que torna difícil o financiamento de novos projetos, e o próprio contexto nacional, como alguma falta de acessibilidades – João Paulo Girbal, por exemplo, falou da falta de voos diretos com alguns dos maiores pólos dos Estados Unidos.

O evento foi promovido pelo IST em parceria com a embaixada dos Estados Unidos da América, que teve como sua representante na sessão Lucy Tamlyn, ao abrigo do projeto American Corners Portugal.[:]

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