[:pt]Alunos votam sem saber o papel dos Órgãos de Gestão[:]
[:pt]Os resultados das eleições para os Órgãos de Gestão da Escola foram conhecidos esta quinta-feira, dia 29, depois de dois dias de votações. A lista A, dos docentes, concorreu como lista única e conquistou assim todos os mandatos de docentes. Entre os não docentes, as eleições foram muito disputadas, com a lista M a conquistar o único mandato para o Conselho de Escola e as duas listas, M e C, a repartirem os 10 da Assembleia de Escola – cinco para cada.
Em relação aos alunos, é de notar a adesão mais elevada do que o habitual neste tipo de eleições, que acabaram por ser vencidas pela lista T, com 18 mandatos nos três Órgãos com participação dos estudantes. No Conselho de Escola, onde os alunos têm dois mandatos, conquistou um, com o outro a recair sobre o candidato da lista A; os mandatos para a Assembleia foram repartidos com 13 para a lista T e 7 para a lista A; finalmente, em relação ao Conselho Pedagógico, a lista T conquistou 4 mandatos, o dobro dos conquistados pela lista A.
Contas feitas, os alunos acabam por considerar que foi uma campanha fraca. “Não houve uma difusão suficiente das ideias concretas das duas listas”, considera Mariana Marques, aluna de Mestrado em Engenharia Aeroespacial. O seu colega de curso, Pedro Sousa, tem a mesma opinião: “Na verdade, não sei muito bem o objectivo dos órgãos de gestão e talvez culpe as listas por não fazerem esse trabalho de divulgação”.
Ainda assim, muitos dos alunos calculam que estas eleições tenham sido mais concorridas que as últimas, em 2009. “Ainda não vi números concretos, mas acho que as pessoas votaram mais este ano”, diz Mariana. Rita Neves refere o mesmo: “Penso que desta vez, mais gente que o habitual votou. Conheço mais pessoas que foram votar do que o contrário”. São boas notícias, tendo em conta o desconhecimento assumido por muitos dos estudantes sobre qual é, exatamente, o papel dos Órgãos de Gestão da Escola.
Ponto assente é que este ano é de especial importância para participar em eleições que determinam o rumo do IST, dado o contexto sócio-económico do país. “Mais do que nunca, precisamos de fazer mais com menos”, refere Mariana, que acrescenta outra preocupação: “Com o aumento de propinas, é preciso ter maior atenção aos alunos com dificuldades.” Entre docentes e não docentes, pelo contrário, a informação parece ter circulado mais livremente, com maior conhecimento sobre o que está em causa. Daí se explica que, logo no primeiro dia de ida às urnas, a maioria dos inscritos nos cadernos eleitorais tenha registado o seu voto.[:]