[:pt]”As capacidades técnicas não são um fator de diferenciação”[:]
O segundo dia da SET – Semana Empresarial e Tecnológica, teve como “prato principal” uma palestra de Rogério Carapuça, chairman da Novabase, sobre “o que procuram as empresas que empregam” nestes dias.
“É sempre com muito gosto que participo em atividades desta casa que também foi minha”, começou por dizer o antigo docente de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores do Técnico, antes de avançar na palestra.
“Aquilo que procuramos essencialmente é a atitude certa”, afirmou. “Em Portugal, na área das Tecnologias de Informação e Comunicação, temos uma situação de pleno emprego. Isso não quer dizer que toda a gente tem exatamente o emprego que quer, por isso vocês têm que fazer por isso.”
Para Rogério Carapuça, isto implica “apresentar indícios seguros de uma boa atitude”, já que “as capacidades técnicas muito boas não são, neste momento, um fator de diferenciação”. “Têm que se lembrar que não estão a concorrer unicamente com outros engenheiros do país. Neste momento, a concorrência é global, e há muitos muito bons engenheiros.”
Segundo o chairman da Novabase, estes indícios podem transparecer, desde logo, no Curriculum Vitae: domínio de línguas, trabalho voluntário ou experiência de trabalho durante o curso podem indicar que um candidato tem a “atitude certa”. “Têm que perceber que é muito mais fácil pôr alguém com a atitude certa a dominar uma nova competência do que mudar a atitude de alguém muito bom tecnicamente.”[:]