[:pt]DECISION4CARE, a revolução nos cuidados intensivos[:]
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A equipa DECISION4CARE, da qual fazem parte os investigadores do Técnico André Fialho e Margarida Guerra, é uma das finalistas do programa COHiTEC, uma ação de formação destinada a avaliar o potencial comercial de tecnologias desenvolvidas em instituições de I&D nacionais, na qual participam investigadores, proponentes das tecnologias e estudantes de gestão e executivos, que apoiam o processo de comercialização, num sistema de tutoria.
Durante 4 meses, estas equipas geram ideias de produto baseadas nas tecnologias participantes e preparam um projeto de negócio para uma dessas ideias.
A DECISION4CARE criou, com base na investigação feita pelo grupo de trabalho do Grupo de Sistemas Inteligentes, liderado pelo professor João Sousa, um software de apoio à decisão médica que permite reduzir os casos de readmissão de pacientes em unidades de cuidados intensivos (UCI), diminuindo os elevados custos associados.
A solução da DECISION4CARE permite predizer 71% destes eventos, potencialmente reduzindo a percentagem de doentes readmitidos para menos de 5%. “O que fazemos é olhar para os dados que são capturados numa UCI de um hospital e utilizá-los para tentar desenvolver modelos de predição”, explica André Fialho. Esses modelos servem, depois, para o médico responsável tomar uma decisão sobre que paciente transferir para outras unidades.
No futuro, o objetivo dos investigadores será aplicar a tecnologia nas Unidades de Saúde, mas esse é o longo prazo. “Temos vários hospitais interessados, em Portugal, nos Estados Unidos e na Holanda, mas primeiro é preciso testar, e isso vai demorar tempo. Estamos a falar de pessoas, há muitos testes a fazer”, explica o investigador. Para já, o grupo conseguiu acordos com o Hospital da Luz, em Lisboa, e com o Hospital de Braga para começar a aplicar a tecnologia e ver os resultados.
A participação no programa COHiTEC surgiu como uma possibilidade de continuar a apostar no projeto de Doutoramento de André Fialho com Margarida Guerra: “Ajudou-nos a complementar a formação em Engenharia, juntando a Gestão e, sobretudo, ajudou a estabelecer contactos, a conhecer pessoas fora da nossa área. A longo prazo será certamente muito importante para o meu percurso profissional”, afirma André.[:]