[:pt]E-learning discutido no IST[:]
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Decorreram, dia 30 e 31 de Maio no Salão Nobre do Instituto Superior Técnico, inúmeras sessões ligadas às “experiências e práticas de e-learning no IST”, numa iniciativa apelidada MOOC@IST – Massive Open Online Courses.
Ao longo de dois dias, vários docentes, investigadores e alunos do IST, bem como convidados de renome internacional, juntaram-se para discutir e analisar o interesse da escola numa iniciativa deste género, numa altura em que a universidade portuguesa carece, obviamente, de uma presença ativa neste universo.
Na Sessão de Abertura, o presidente do IST, professor Arlindo Oliveira, fez questão de lembrar que este encontro é uma “boa forma de iniciar a discussão sobre o tema, de obter dados e responder a questões”. “Esta iniciativa também pretende analisar qual deve ser a abordagem do Técnico a estas tecnologias, que certamente não deixarão o Ensino Superior tal como está.”
Marcos Formiga, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Brasil, Rui Vaz, do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, Vítor Rocio, da Universidade Aberta, e Tena Herlihy, da edX, foram os oradores convidados da primeira sessão.
Todos eles frisaram a importância dos MOOC no processo de democratização do Ensino e da Educação, e lembraram que já “não faz sentido ter uma Universidade local, fechada sobre si mesma e sobre os seus alunos, sem relações com os outros e com o exterior”, como afirmou Marcos Formiga.
Ao mesmo tempo que foram apresentados os vários projetos das diferentes instituições, os oradores não deixaram de falar sobre as suas experiências pessoais. Tena Herlihy, por exemplo, lembrou que “como mãe, nos Estados Unidos” considera os custos com o Ensino Superior exagerados, e que “o acesso é uma parte fundamental da educação em todo o mundo, e estes cursos podem ajudar – podem não mudar nada durante muitos anos, mas vão provocar mudanças”.
Durante o resto dia, foram apresentados inúmeros projetos e experiências por parte dos docentes, alunos e investigadores do Técnico, e a tendência é óbvia: quase todos são apologistas desta nova forma de ensino que, muitas vezes, complementa as aulas tradicionais.
Essa foi, aliás, uma das principais conclusões apresentadas pelos responsáveis dos diferentes Departamentos do IST, que, no dia 31, se fizeram ouvir no Salão Nobre. Estas experiências não substituem o professor, mas complementam-no; os programas online ajustam-se ao aluno, respeitando o seu ritmo de trabalho e evolução; além disso, são uma mais-valia para os inúmeros estudantes de intercâmbio que frequentam o Técnico, quando não têm forte conhecimento da língua portuguesa.
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