[:pt]Ética e boas práticas em discussão nas Jornadas sobre Cultura Organizacional do Técnico[:]
Decorreu esta terça-feira, 28 de abril, a segunda sessão das Jornadas sobre Cultura Organizacional no Técnico, dedicada ao tema da ética e boas práticas nos procedimentos e nos relacionamentos, que contou com intervenções dos professores Agostinho Reis Monteiro (Instituto de Educação – ULisboa) e João Teixeira de Freitas (Técnico), antes de um debate com o doutor José Emílio Ribeiro (investigador do Técnico), a professora Maria do Rosário Partidário, do Dr. Nuno Pedroso (administrador do Técnico) e de André Pereira (presidente da Federação Académica de Lisboa).
O professor Arlindo Oliveira, presidente do Técnico, também esteve presente na abertura da sessão, e aproveitou a ocasião para lembrar que “os questões levantadas por falta de ética são eventos pouco frequentes, mas muito complicados que, infelizmente, quando chegam às mãos do presidente do IST já não têm soluções fáceis”. Assim, considera “muito importante que se discutam” e que todos os membros da comunidade escolar “tenham sempre presentes várias questões relacionadas com ética”. “Um problema ético pode prejudicar seriamente uma instituição.”
Agostinho Reis Monteiro, que há muito tempo trabalha na área da ética, afirmou que a “cultura organizacional de uma instituição tem uma dimensão deontológica que é normalmente negligenciada pelos profissionais”, mas que se pode afirmar que essa cultura inclui “tudo aquilo que forma a identidade dos atores de uma organização”, como a ética profissional.
“A deontologia é a alma do profissionalismo”, destacou. “A relação entre os valores e saberes na definição de uma profissão pode ser discutida, mas o que é decisivo numa profissão são os seus valores deontológicos.”
O professor João Teixeira de Freitas tomou a palavra em seguida, aproveitando a sua experiência no Técnico para falar das mudanças na gestão da organização – “cada um dos modelos que tivemos teve vantagens e desvantagens” – e de alguns problemas que já ocorreram dentro da instituição. “O Técnico não deve ter vergonha que ocorram situações problemáticas aqui dentro; o Técnico só pode ter vergonha de não ser capaz de resolver essas situações, porque vão sempre acontecer.”
O docente falou ainda sobre o que considera serem os procedimentos a adotar nestes casos, com especial enfoque na divulgação dos acontecimentos: “O Técnico só se enfraquece se não assumir as situações que acontecem. (…) Devemos mostrar a todos que cada um tem a liberdade de infringir as regras mas que depois pode haver consequências – se quiser arrisca, mas depois a instituição toma medidas”.[:]