[:pt]Ignite “incendeia” IST[:]
[:pt]A segunda edição do Ignite IST, que decorreu no dia 8 de abril no campus do Taguspark do Instituto Superior Técnico contou com a presença de nove oradores e uma plateia entusiasta que aproveitou o evento para aprender mais sobre outras “ideias, experiências e paixões”.
Seguindo a fórmula Ignite, em que cada orador tem uma apresentação de cinco minutos e vinte slides para expôr a sua ideia, o evento organizado pelo grupo de alunos do LAGE2 trouxe ao IST temas tão variados como o saxofone, a banda desenhada ou a teoria dos jogos aplicada à crise dos mísseis de Cuba e aos trabalhos de grupo.
O primeiro a ‘subir ao palco’ foi Ivo Capelo, já repetente nestas andanças do Ignite. A sua apresentação, “Sai da zona de conforto”, falou da necessidade de nos abrirmos ao desconhecido, a outras áreas de conhecimento, para sermos melhores. “Sair da nossa zona de conforto abre-nos portas”, resumiu Ivo Capelo.
João Cardoso, que também esteve presente na primeira edição do evento, debruçou-se sobre a importância da leitura. “Ler para quê?”, perguntou, para logo depois responder: porque “nos traz benefícios, porque é divertido e não custa nada e porque tiramos sempre qualquer coisa dos livros que lemos”.
Igor Pereira e Pedro Carvalho seguiram-se, cada um com uma apresentação sobre as suas paixões: para Igor, a banda desenhada, para Pedro, o recém descoberto saxofone. O primeiro fez questão de falar sobre o panorama da banda desenhada, sobre o mercado, as ideias por detrás das histórias, as revoluções. O segundo desmistificou algumas ideias relativas ao instrumento – “O saxofone não é um metal! É uma madeira, porque tem uma palheta” – e fez questão de presentear a audiência com alguns excertos de música tocados ao vivo.
Fernando Santos teve uma das apresentações mais caricatas da tarde, ao tentar encontrar “A semelhança entre os trabalhos de grupo e a crise dos mísseis de Cuba”. Ao aplicar a teoria dos jogos a ambas as situações, estabeleceu um paralelismo entre as opções ‘trabalhar’ e ‘não trabalhar’, no caso dos trabalhos, e entre ‘ceder’ e ‘atacar’, para os grandes atores internacionais. “Isto faz-nos sentir importantes: as decisões que tomamos na faculdade funcionam com o mesmo princípio que as decisões dos decisores internacionais”, concluiu Fernando Santos.
“Como sobreviver na hiper-realidade” foi o título da apresentação de Sílvia Pina, que lembrou que cada vez mais “está esbatida a diferença entre a realidade e a sua representação ficcional”. “Cada vez mais, a representação parece-nos mais real que a própria realidade”, considera Sílvia Pina. A solução? “Não podemos fugir a isto, mas podemos estar conscientes destas influências ficcionais e relativizar a situação.”
Temas diametralmente opostos – ou nem tanto assim – foram apresentados pelos oradores seguintes, André Duarte e Frederico Freitas. O primeiro falou sobre voluntariado, “a união de pessoas que se juntam para cumprir um objetivo sem esperar nada em troca”, e o segundo sobre jogos sérios “como uma alternativa para aqueles que querem ser game developers”. Apesar de, à partida, parecerem áreas distinas, a importância da aprendizagem nos jogos sérios aproxima-os do voluntariado, na medida em que se formam pessoas. “Além disso, é um nicho num mercado saturado, o que pode ser a chave para o sucesso do jogo”, lembrou Frederico Freitas.
O último orador foi Sebastião Mello, que aproveitou para fazer uma exposição sobre a política de educação em Portugal, que considera ter “vários problemas”, e aproveitou para dar sugestões sobre como o Estado poderia poupar se adotasse novas medidas neste setor. A ideia forte da sua apresentação, que não se cansou de repetir, foi que “nem todos precisam de ter uma licenciatura” para serem bem-sucedidos. Algo que os recentes números relativos ao desemprego, que atinge sobretudo trabalhadores pouco qualificados, parecem contrariar.[:]