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[:pt]IPFN ganha novo contrato de participação no maior reator nuclear do mundo[:]

[:pt]Um consórcio constituído pelo Instituto Superior Técnico, através do seu Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear (IPFN) e pela Universidade Técnica da Dinamarca (DTU) ganhou um contrato de investigação no valor de 2 milhões de euros, para o desenvolvimento de um diagnóstico de microondas no ITER.

O projeto consiste no desenvolvimento de um diagnóstico de microondas, baseado na técnica de Espalhamento de Thomson Colectivo, para determinação da temperatura de um plasma de fusão nuclear no ITER, o maior reator nuclear do mundo.

A proposta, cuja participação portuguesa é liderada pelos investigadores Bruno Soares Gonçalves e Paulo Varela, envolve técnicas de medida e tecnologia desenvolvida por investigadores e engenheiros do IPFN. O contrato foi adjudicado ao consórcio liderado pelo IPFN numa competição internacional entre várias instituições de I&D e empresas europeias.

O contrato tem a duração de 4 anos e um orçamento global sete milhões de euros – desses, dois milhões correspondem à participação nacional. Este é oitavo contrato obtido pelo IPFN, que desde o final de 2009 é responsável pelo desenvolvimento de um diagnóstico de microondas para controlo de posição (8.5 M€), pelo desenvolvimento do sistema de  protótipo do sistema de controlo rápido para este dispositivo experimental (1.5 M€), desenvolvimento de sistemas de manipulação remota (0.5 M€) e participa no consórcio seleccionado fornecimento de serviços de engenharia à Agência Doméstica Europeia para o ITER (0.5 M€).

A medição da temperatura do plasma é essencial para o funcionamento das máquinas de fusão, uma vez que as reacções de fusão nuclear ocorrem a temperaturas superiores às da superfície do sol. As competências do IPFN no desenvolvimento de diagnósticos de microondas, utilizados nessa medição, são amplamente reconhecidas.

Os contratos com o ITER e F4E (Fusion For Energy) são o culminar de uma estratégia vertical de I&D no desenvolvimento de diagnósticos de microondas e sistemas de controlo e aquisição de dados, iniciada nos anos 90 com o único dispositivo português de investigação em fusão nuclear, o tokamak ISTTOK. Este trabalho incluiu o desenvolvimento de diagnósticos de microondas para os principais dispositivos de Fusão europeus (Alemanha, Reino Unido, Espanha, República Checa) e Brasil, desenvolvimento de ferramentas de processamento de dados, simulações numéricas e algoritmos de controlo em tempo-real. Destaca-se a importante contribuição do grupo de diagnósticos de microondas para o dispositivo europeu de fusão nuclear, JET (Joint European Torus).[:]

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