[:pt]”Não foi o mestrado ou o doutoramento a fazer a diferença”[:]
A Semana Aeroespacial 2015 começou esta quarta-feira com palestras sobre temas tão variados como os sistemas espaciais ou a Força Aérea portuguesa, e um dos pratos fortes foi uma sessão com Ricardo Reis, engenheiro da Embraer.
Ao longo de 45 minutos, o antigo aluno de Engenharia Aeroespacial falou sobre o seu percurso, que culminou com um cargo específico de desenvolvimento e inovação na Embraer, que implica “a gestão de várias abordagens multifacetadas”. “O restauro e a conservação de aviões históricos sempre foram interesses meus, e a possibilidade de os manter foi o que me fez escolher o Técnico, onde estava perto do local onde podia trabalhar nisso”, começou por dizer Ricardo Reis.
Ao longo da passagem pelo Técnico, onde fez a licenciatura, mestrado e doutoramento, o engenheiro manteve várias atividades extracurriculares, participando em diversas rádios, promovendo diversos eventos e mantendo viva a paixão pela conservação e restauro, por exemplo. “Às vezes conseguimos utilizar os nossos hobbies para aprofundar o conhecimento das áreas académicas”, atirou Ricardo Reis.
“Tudo o que fiz, todas as atividades, alimentaram o meu percurso e fizeram-me ser contratado para um papel específico na Embraer, onde tinha que gerir muitas abordagens. Não foi o mestrado ou o doutoramento a fazer a diferença.”
Ricardo Reis falou ainda sobre a decisão de mudar de uma carreira académica para o mundo empresarial: “Percebi nessa altura que o Técnico se tinha tornado demasiado pequeno para mim, que queria fazer coisas maiores e mais complexas”. No final, deixou um conselho aos alunos presentes, “percebam o tipo de pessoa que são, se trabalham melhor numa coisa específica ou se são mais transversais – isso vai ajudar-vos a atingir aquilo que quiserem”.[:]