Valores Próprios

[:pt]Rob Bishop traz a Raspberry Pi à SINFO[:]

[:pt]Poderia passar despercebido, como mais um dos muitos estudantes que fazem Erasmus no Instituto Superior Técnico, com o cabelo muito loiro e um forte sotaque britânico. Ainda assim, a t-shirt que enverga, com o característico símbolo da Fundação Raspberry Pi, chama a atenção e impede confusões.

Rob Bishop, developer, engenheiro de produto e “evangelista” da Raspberry Pi é, para muitos dos estudantes presentes na XX SINFO – Semana de Informática do IST, um ídolo. O britânico, que fala alto e de forma entusiasta quando apresenta o mini computador que tem sido uma revolução no campo da engenharia de computadores, teve papel de destaque na manhã de quinta-feira, com uma palestra sobre o Raspberry Pi, seguida de um workshop “para meter a mão na massa”.

O objetivo da Fundação é educar “os miúdos”, lembra constantemente Rob Bishop: “É inacreditável, os miúdos hoje não sabem o que está dentro dos computadores e não reconhecem uma motherboard”. Foi isso que um grupo de engenheiros de computadores quis mudar, ao criar um mini computador que pudesse servir “como um Lego”.

“Queremos que as crianças tenham um computador em que podem experimentar, brincar e usar da forma que quiserem, sem medo de o partir e deixarem de poder fazer os trabalhos de casa. Por isso, era crucial que fosse muito barato e gastasse pouca energia”, explicou o engenheiro.

O objetivo foi cumprido: o Raspberry Pi custa cerca de 25 dólares e está acessível em todo o mundo. No primeiro ano vendeu mais de um milhão de unidades, superando todas as expectativas da equipa, que conta apenas com seis elementos.

“Isto mostra que as pessoas querem fazer coisas. Estão fartas que o Steve Jobs lhes diga como é que as coisas devem ser, querem experimentar e mudar o mundo, querem ter algum impacto”, considera Rob Bishop. Apesar disso, lembra que “o que criamos não tem que ser necessariamente útil”: “Algumas das coisas mais giras que fiz são completamente inúteis. Mas o que interessa isso, desde que sejam divertidas? É assim que aprendemos”.

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